Pittacus Lore explica como é ser um alienígena na Terra

Em entrevista ao site The Guardian, o âncião Pittacus Lore manda uma carta aos Terráqueos explicando como é ser um alienígena na Terra! Leia a extensa carta, totalmente traduzida:

Meu nome é Pittacus Lore. Sou um ancião lorieno, vindo do planeta Lorien, que está a 300 milhas de distância da Terra. Tenho aproximadamente 10 mil anos de idade. Estive na Terra centenas de vezes e estou aqui agora.

Sou um dos dez anciões que viviam em nosso planeta. Cada um de nosso planeta tinha um dom. Comparados aos humanos, somos incrivelmente fortes, incrivelmente rápidos; capazes de fazer coisas que os super heróis fazem nos filmes de Hollywood. Nós também nascemos com poderes, os quais nós chamamos de Legados: invisiblidade, habilidade de controlar elementos, hipermeabilidade ao calor e ao frio, telecinésia, o poder de nos comunicarmos com animais e vários outros. A maioria nasce com um legado principal e desenvolve outros menores. Os anciões nascem com todos eles. Muitos de seus mitos humanos sobre pessoas com poderes extraodinários não são apenas mitos. Eles são lorienos.

A Terra é um planeta similar ao nosso - ou era, antes dele ser destruído. Nós paramos na Terra por acidente. Uma de nossas naves que estava a caminho de outro sistema que acreditávamos ter vida inteligente, teve uma falha tecnológica. Começamos a fica à deriva no espaço e acabamos em seu sistema solar. Quando nossa nave de reparos chegou, ela estava em órbita em Marte. Percebemos a Terra por causa de seu belo azul profundo, vindo de suas águas. Água é relativamente comum no universo, mais comum do que seus cientistas acreditam. O que é incomum é a enorme quantidade que há na Terra. Enviamos um navio para observar seu planeta e descobrimos vida, beleza, um ambiente puro, cheio de vida. Extraordinariamente, vimos vocês, seres humanos que se assemelham aos lorienos em muitas coisas, embora sejamos muito mais jovens que vocês. Os humanos estavam vivendo em tribos, cavernas, planícies abertas, ao longo das margens e da costa dos rios. Decidimos lhes ajudar.

Nós introduzimos a linguagem, lhes ensinamos os princípios básicos da agricultura. Lhes fornecemos ferramentas simples e as habilidades da metalurgia. Ensinamos como construir barcos - e a velejar -, e como usar as estrelas para navegar nos oceanos. Vocês se espalharam por todos os continentes do mundo e as sociedades começaram a se desenvolver. Fizemos uma agenda regular para visitar as sociedades, ajudando a construir pirâmides, templos, instalações de rock e metódos de observar o tempo usando os sistemas astrológicos, de modo que eles saberiam quando voltássemos. Nós assistimos de longe e, muitas vezes, enviamos lorienos ao seu planeta, sem vocês saberem.

Quando a Grécia antiga começou a se desenvolver, vimos enormes potenciais nisso. Foi centralmente localizada perto do ponto de encontro das grandes massas de Terra na Europa, Ásia e África. Tinha linguagem e alfabeto, frotas de navios e um sistema básico de governo. Esteve, no entanto, em um constante estado de guerra. Sete de nossos anciões, incluindo eu, fomos ao país e introduzimos formas mais avançadas de pensar e se definiu o fim da guerra.

Nos tornamos conhecidos como os sete sábios da Grécia e nos tornamos parte da história do país. Meu próprio papel foi como o de um líder militar.
Fui anunciado pela primeira vez na cidade de Mytilene, tornando-me conhecido, posteriormente, como Pittacus de Mytilene. Levei meu exército à vitória sobre um exército ateniense, me oferecendo para duelar, frente a frente, com o general ateniense. O vencedor - e seu exército - seria declarado vitorioso na batalha e os exércitos não lutariam, prevenindo incalculáveis quantidades de sangue derramado. Tomei-lhe a cabeça com um facão. Algumas vezes, para prezervar a paz, é necessário se envolver em uma violência isolada.

Uma vez que a Grécia foi salva e prosperava, nós partimos. Visitamos a Terra, porém, com bem menos frequência. Nós, os anciões, decidimos que a humanidade devia traçar seu próprio caminho, deixando os humanos tomarem as próprias decisões, sem nossa influência, o que determinou seu destino. As sociedades que construímos foram conquistadas. Os templos e as instalações astrológicas caíram em estado de ruína. Guerra e violência foram as moedas dos governos humanos, e os sistemas políticos da Terra foram - e são - baseados em conquistas agressivas. O primeiro planeta primitivo foi sujado e explorado, começando a decair, rumo ao declínio. Muito ocasionalmente, um de nós veio a Terra e tentou, de diversas maneiras, ajudar os humanos com as suas tecnologias, arte ou filosofia. Leonardo da Vinci foi um de nós. Como Mozart, Joana d'Arc, Thomas Edison, Winston Churchill, Picasso, Ghandi e Einstein.

Estou aqui agora porque nosso planeta foi destruído. Eliminamos a guerra da sua sociedade há 10 mil anos atrás. E enquanto treinávamos métodos e estratégias de guerra e tínhamos os meios e os materiais para nos defender, quando fomos atacados, fomos pegos de surpresa. Os anciões, que tinham a reponsabilidade de defender nosso planeta, foram mortos. Os habitantes de nosso planeta, os lorienos, foram dominados e derrotados. Quando tomamos consciência do que havia ocorrido, não havia mais nada para defender. Toda a nossa população - exceto as nove crianças e os nove cêpans - foram mortos. Os nove fugiram para a Terra, onde tinham a esperança de se esconder e crescer, desenvolver seus legados, e, um dia, se vingar da perda de Lorien.

Eles não aparentavam ser diferentes das crianças terrestres e seus guardiões sabiam como treiná-los e protegê-los. Infelizmente, a mesma raça que destruiu Lorien, os Mogadorianos, os seguiram para a Terra. Eles procuraram as crianças e conseguiram matar três delas. Os seis que ainda estão vivos começaram a reagir. Como eu disse, nós não somos humanos. Somos capazes de fazer coisas extraordinárias. Juntos, os seis podem destruir qualquer exército na Terra. Os Mogadorianos, infelizmente, também não eram humanos. Eles são perversos, saguinários e impiedosos. Destruí-los não será fácil. Nossa guerra veio ao seu planeta. Ganharemos ou perderemos aqui. Haverá cenas de grande massacre. Faremos o melhor para poupar os humanos - e protejê-los -, embora isso não será sempre possível. Por isso, peço desculpas.

Não entrarei em detalhes sobre a minha vida aqui. Agora entrarei em detalhes como cheguei aqui, onde estou desde que Lorien foi destruída, ou o que estou fazendo agora. Estou contando a história de Lorien - e dos seis -, e da guerra com os Mogadorianos, a qual você está ciente que está acontecendo aqui, de modo que você se previna, para não acontecer a vocês o que nos aconteceu. Estou tentando achar as crianças - e uní-las. Agora elas estão escondidos ou lutando sozinhas e eu não sei onde eles se encontram ou onde estão vivendo.

Eles podem estar andando ao seu redor agora, vivendo próximos de você, ou lhes observando enquanto lê isso. Eles podem estar na sua cidade, no seu bairro. Eles podem estar na escola com suas crianças. Se eles estão fazendo - o que supõe-se que eles façam -, eles estão vivendo anonimamente, treinando e esperando pelo dia que encontrarão uns aos outros - e eu -, e então partiremos juntos. Se vencermos, estaremos salvos, assim como vocês.
Se perdermos, tudo estará perdido.

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